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sábado, 26 de junho de 2010

22 - Fontes e Chafarizes do meu Porto - II

Socorri-me da página dos SMAS http://www.aguasdoporto.pt/publico para descobrir algumas coisas interessantes.

Fiquei a saber que o mais antigo registo sobre a utilização de Fontes e Chafarizes públicos data de 1392. No reinado de Filipe I no séc. XVII a água de uma das principais nascentes, a de Paranhos no Jardim da Arca d'Água, foi encanada para distribuição pela cidade.

Manancial de Paranhos. Foto da pág. do SMAS
Podem-se visitar estes subterrâneos, em grupos de 20 a 30 pessoas.

Mas até a água ser encanada para a casa dos habitantes, passaram-se muitos anos. A população abastecia-se nas Fontes e Chafarizes e os mais abastados contratavam os "aguadeiros", sendo uma maior parte galegos fugidos de suas terras.
Aguadeiros enchendo os canecos. Foto da pág. do SMAS

Com o crescimento da população foi necessário captar água nos rios Douro e Sousa. E construíram-se depósitos e reservatórios, grandes e pequenos, em vários locais da cidade e também nas localidades limítrofes.
Brasão da Cidade do Porto
Coroava a Fonte de S. Domingos

Falando ainda de mananciais, um dos mais importantes, já referido no tempo de D. João I, portanto no séc. XIV, era o do Poço da Patas ou a Fonte de Mijavelhas. (Hoje, Campo 24 de Agosto). Segundo a lenda, as mulheres vindas de Valongo e S. Cosme para comercializar os legumes e o pão em S. Lázaro, ali se aliviavam. Nesse local construiu-se uma fonte.
O volume da água nascente junto com a que descia de Santo Izidro, provocava inundações. Parece que foi mais fácil soterrar a Arca e destruir a Fonte, que acabou por secar, do que aproveitar o manancial.
As ruínas deste espólio foram descobertas aquando dos trabalhos da construção do metro e da estação do Campo de 24 de Agosto. As pedras foram aparecendo aos poucos. As armas reais estão lá.
Pormenores do que seria a Arca

O interior
A estória romanceada da descoberta e da reconstrução está em
e no documento pdf anexo
Acreditem que ainda hoje, quando chove um pouco, os ribeiros que aqui vêm dar enchem e a estação do metro inunda, sendo por vezes necessário encerrá-la. Obras de quem não sabe nem conhece o solo do Porto. Outra coisa curiosa. A reconstrução está ali mas não podemos fotografá-la. Quási me peguei com um segurança que me proibiu de fazê-lo. Será o medo de alguém pensando que um seguidor de Bin Laden, ou do próprio, precisar das minhas fotos clandestinamente para destruir esta beleza ?
Um depósito de água.
Agora está nos Jardins do SMAS. Anteriormente não faço ideia onde estava.

Mas vamos primeiro olhar para as minhas recentes descobertas.

Em Azevedo de Campanhã, próximo à Circunvalação, vi esta pequena memória com uma fonte.

Pormenor da Fonte, que tem a inscrição do ano de 1871. Por casualidade a descobri. Descia desde o novo Parque da Cidade a Oriente (Campanhã), e ali está ela. Talvez a sua água tenha dado de beber aos Miguelistas-Absolutistas aquando do cerco da cidade. Presumo que esta Fonte é a do Rio da Bica ou Fonte de Cima. E presumo porquê ? Porque ao lado está o Largo da Bica. Encontrei-a por simples acaso. Não tem qualquer referencia. Acabei por encontrar na Wikipédia o seu nome e a localização na Freguesia de S. João da Foz. Referenciada pelo IHUR - Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana. Nem a Junta tem qualquer referencia a ela. Mas pelo menos está limpinha e num local agradável.Fonte das Oliveiras, numa foto de há 3 anos. Está junto a Mártires da Liberdade, encostada a um prédio revestido a azulejos e na altura encontrava-se muito degradada. A primitiva era de 1718, embora não neste local, mas próximo. Sofreu várias alterações ao longo dos anos sendo-lhe acrescentadas bicas e pormenores decorativos. Foi mudada para este local em 1881. Fonte do Largo da Maternidade

Fonte no Largo de Massarelos
Estas duas Fontes são apenas referidas na Wikipédia pelo tal IHUR.
Nada sobre a sua estória.
Mas vamos entrar no Palacete dos Smas e na sua Mata, onde encontraremos Fontes e Chafarizes que foram removidos dos seus locais por razões urbanísticas.
À entrada, esta Fonte com Lago é da autoria de Irene Vilar, de 1987 e chama-se Universo

Pormenor só da Fonte

Arca de Santo Izidro

Construída na Travessa de Santo Izidro
é de inspiração oriental
Arca do Anjo
Estava situada no antigo Mercado do Anjo
onde está hoje a vergonhosa Praça de Lisboa.
Construída em 1832

Decorada com azulejos, com um bica que debitava a água para um tanque,

que por sua vez tem 14 bicas deixando-a cair para um tanque maior

Pormenor do tecto

Num largo encontramos o Chafariz que esteve no Convento de São Bento de Avé Maria, uma relíquia de 1528
Não se sabe quando foi transladado para este local. Sei que já esteve activado e no seu lago criaram-se plantas aquáticas. Hoje está circundado por mata e desleixado.

Esta foto de finais do séc. XIX, anterior portanto à demolição do Convento, mostra o local onde se encontrava o Chafariz. Foto encontrada em vários espaços.

Fonte para animais. Com dedicatória aos humanos.
A sua origem foi na Praça de Carlos Alberto,
já passou pelo Parque da Pasteleira e agora encontra-se na mata.

Servia também de Candeeiro de iluminação pública.



Fonte da Rua Garrett onde é hoje a Padre António Vieira



Fonte da Feira dos Carneiros ou Chafariz de Camões - 1898
Esteve localizada na Trindade entre as Ruas de Alferes Malheiro e de Camões e talvez Liceiras.
Aí se realizava a Feira dos Carneiros

Fonte da Fontinha

Andou por vários lugares na zona da Fontinha.Um documento presume a sua construção em 1861.Mas em 1952 há outro que refere a sua mudança de próximo de Santa Catarina para as Carvalheiras. Inscrita tem a data de 1866.
Fonte de Cedofeita
Foi construída na Rua de Cedofeita em frente à Rua da Torrinha

Uma foto da época com o cenário que enquadrava a Fonte



Fonte do Campo Alegre

Localizada na Rua do mesmo nome, encostada a uma quinta. Deixou de ter utilidade quando a nascente secou e foi entulhada.
Foi removida do local em 1945 a pedido da dona da quinta que pediu para se vedarem os terrenos da fonte por causa das sem vergonhas ali praticadas.


Fonte do Ribeirinho ou dos Ablativos - 1790

Construída em Cedofeita, presumo que próximo da Rua dos Bragas. Posteriormente terá sido transladada mas não tenho referencias para onde.
É encimada por um medalhão com a imagem da principal Padroeira da Cidade do Porto, N. S. da Vândoma

Para terminar, um Chafariz que é Monumento Nacional. Da autoria de Nazoni, no séc. XVIII

Foi criado para embelezar os jardins da Quinta da Prelada, mas depois da compra da Quinta pela Câmara foi transferido para o Jardim do Passeio Alegre.











































































































































































































































































































































































quarta-feira, 16 de junho de 2010

21 - Praça de Almeida Garrett

Esta Praça é uma homenagem ao grande escritor, dramaturgo, Par do Reino, ministro, impulsionador do Teatro (foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa) e o Conservatório de Arte Dramática. Nasceu no Porto em 4/2/1799 e faleceu em Lisboa em 9.12.1854, tendo andado pelos Açores, Coimbra e percorrido meia Europa. Liberal, pornógrafo (naquele tempo chama-se ateu e imoral), casou com uma jovem de 14 anos, que "desonrou", mas mulheres era com ele. O Arco de Sant'Ana ficou famoso pela sua pena e as Viagens na Minha Terra o seu livro ecológico. Isto sou eu a dizer. A sua biografia é extensa e recomendo a sua leitura.
Mas esta Praça que chamada de Almeida Garrett, a muito boa gente portuense e não só, não diz nada, porque será sempre S. Bento. Vem dos nossos antepassados, pois de Largo da Cividade dos tempos medievais passou a Largo e Terreiro de S. Bento. Não li qualquer referencia sobre a data em que foi criada a toponímia actual.
Nela desembocam e começam sete ruas, melhor, oito pois acho que a do Corpo da Guarda também deve contar. A mais recente, a Avenida da Ponte, aberta em 1950, mas que já se chamou de Vimara Peres e agora é de D. Afonso Henriques. Está carregada de história e estórias, mas lá iremos. Este desenho cuja data e origem não consegui apurar, não sei se é um estudo, projecto ou uma vista real de determinada época. Sei que o Convento de S. Bento de Avé Maria já lá está à direita, a Porta de Carros aberta nas muralhas Fernandinas está ao fundo, creio que depois de ter sido já alterada a sua localização primitiva. Fora das muralhas estará o que é hoje a Igreja dos Congregados, antiga capela de Santo António. Dentro das Muralhas distingue-se à esquerda o Convento dos Loios.
Mas vamos por partes.

Vista da Praça desde o Corpo da Guarda. A Estação de S. Bento à direita ocupa o espaço que foi do Convento e Igreja de S. Bento de Avé-Maria ou da Encarnação das monjas de S. Bento. Este por sua vez tomou o espaço das Hortas do Bispo, ou da Cividade.
Estou de costas para a antiga Avenida da Ponte e à direita a Rua do Loureiro. Presumo que seria por aqui que estava a primitiva Porta de Carros. Mas o que leio nas minhas pesquisas deixam-me confuso.
Uma foto antiga, não afirmo mas creio que é do Alvão, em dia de procissão. Nota-se que o Convento já está em ruínas. Mas lá iremos.
De Sul para Norte, vêm-se bonitos prédios, com as varandas tipicamente portuenses, em ferro. Lamentavelmente o prédio mais trabalhado em granito, está em ruína. E logo voltado para a saída principal da Estação de S. Bento.
Uma das características da arquitectura portuense eram os prédios estreitos, altos e fundos. Aqui está outro em ruínas, o mais alto, no meio de edifícios bem conservados. Em obras para um hotel de luxo está o Palácio das Cardosas. Iniciado pela Ordem dos Loios no séc. XVIII, no local do antigo Convento de Santo Elói, mas que nunca chegou a ser terminado, foi adquirido e remodelado por um "brasileiro" continuando depois pela família, tudo mulheres, daí o nome Cardosas pelo qual é conhecido pelos portuenses.
No topo Norte da Praça está a Igreja dos Congregados do séc. XVII. Construída no local onde existia a capela de Santo António da Porta de Carros e do que resta encontra-se na capela-mor.
Frontaria e portais em estilo barroco.
Alguns aspectos do interior.
Para um leigo como eu, são muito confusas as explicações dos pormenores que se lêem.
Mas mesmo para um leigo, olhar o que nos rodeia é muito importante

Altar de Santo António
Através do portal em ferro temos uma outra visão da Praça
À esquerda a Rua de 31 de Janeiro (em homenagem à Revolução Republicana) e que já foi de Santo António, durante a ditadura, e de Santo António dos Congregados inicialmente, vai dar à Praça da Batalha e ao início da Rua de Santa Catarina. Construída em 1784 sobre estacas e arcos não só para dar passagem à mina do Bolhão como também para vencer o declive.
À direita, a velha Rua da Madeira.
Há cerca de 3 anos quando foi novamente aberta aos "eléctricos"
A Rua da Madeira, antigamente chamada Calçada de Santa Teresa e Viela da Madeira,
por onde se fazia todo o movimento para a Batalha e Cimo de Vila,
antes da abertura da Rua de 31 de Janeiro.
Por aqui descia a Muralha Fernandina vinda de Cimo de Vila. À esquerda a estação de S. Bento. Rua ainda hoje famosa pelas suas "tascas", foi local também de vários comércios e pequenas fabriquetas. Ainda se podem ver ruínas de outrora para ali à espera do camartelo. Aqui pequenos mas muitos despachantes, a quem chamava-mos recoveiros, aceitavam mercadorias que transportavam em vagões alugados aos caminhos de ferro, para localidades ao longo das linhas do Douro e Minho. Aos paquetes e serviçais das empresas portuenses que utilizavam os seus serviços, pagavam um copo e uma sande, até uma posta de sável, ali no Quim, no Vizeu, no Madeira, onde estavam localizados os seus escritórios. Também eles me ajudaram a começar o vício pelo petisco e pelo copo.
O Convento de S. Bento no interior da Cerca ou Muralhas Fernandinas, junto à Rua da Madeira. Ao fundo a fachada lateral do que restava do Convento dos Loios. Dizia-se que a proximidade dos dois conventos, ajudava também à aproximação dos monges e das monjas. Escândalos de outros tempos. É só ler um delicioso trecho do áspero Camilo Castello Branco em
A fachada lateral do Palácio das Cardosas, que no meu tempo da juventude albergava o Café Astória de tantas recordações. A fachada principal está voltada para a Praça da Liberdade e também albergava a célebre Adega da Cerca. O portuense quando brincava com um amigo, dizia-lhe: vai para as Cardosas, cujo passeio tinha a fama de ser zona dos "Bon Vivent".
Aqui está, nesta obra, mais uma acusação ao PORTOVIVO. E ao Presidente da Câmara. E não só. É só ler um interessante artigo em
Continuando a andar no sentido dos ponteiros do relógio e voltados para sul, inicia-se a Avenida da Ponte, aberta em 1950 ao trânsito automóvel e que liga à Sé e directamente ao tabuleiro superior da Ponte D. Luíz. Desde há meia dúzia de anos que o trânsito automóvel já não atravessa a Ponte de Cima, como o portuense chama ao tabuleiro superior, pois só o metro o faz. Do lado esquerdo continua a velha pedreira, sustentando a Rua Chá e alguns prédios fazendo esquina com a Rua do Loureiro, que não se percebe como ainda se aguentam em pé. Para além da imundície que se foi (vai) acomolando, é triste, no coração da cidade, local de passagem de muita gente, ver o constante vai-vem dos "trabalhadores" da droga e de quem mete a sua injecção.
À direita é o início da medieval Rua do Corpo da Guarda, com várias obras de requalificação urbana em curso, que vai dar a S. Sebastião, Pelames e lògicamente à Sé.
Continuando,temos o fim das Ruas Mouzinho da Silveira e das Flores.
Um pormenor da junção da Rua das Flores com a Praça Almeida Garrett,
Foto obtida no dia 1 de Maio de 2007.
Olhemos agora para a Estação de S. Bento. Construída no local onde esteve o Convento e Igreja de S. Bento de Avé Maria, o edifício foi projectado pelo arq. Marques da Silva, (com obras importantes por toda a cidade tendo o granito como base de trabalho) foi inaugurado em 1916, embora o primeiro comboio tenha chegado à gare em 7 de Nov. de 1896. O arquitecto teve vários problemas com os homens importantes da cidade (como sempre são eles que mandam) que foi obrigado a reformular todo o projecto tantas as alterações exigidas.
Duas torres, uma de cada lado, com pormenores bem vincados pelo arquitecto como marca sua.
Pormenor da Gare vista da Rua da Madeira.
O átrio é revestido com 20.000 azulejos da autoria de Jorge Colaço. Mostram passagens da História de Portugal, a evolução dos transportes e aspectos bucólicos e populares de Entre Douro e Minho. É um problema permanente a segurança dos azulejos, pois a sua aplicação foi feita com materiais não recomendáveis. O restauro parece complicado. Estão cobertos com uma película para evitar a sua queda. Lamentàvelmente as cores perdem a policromia que autor defeniu. Também não entendo porque essa pelicula está só para cima dos 2 metros, mais ou menos.

A gare tem uma estória curiosa. O autor (?) foi o mesmo da Gare do Norte em Paris, e quis projectar para a cidade do Porto uma com igual grandeza. Mas entre a perfuração do túnel e a gare há a questão de uns dinheiros que recebeu pelo que não fez. E ainda exigia mais, com direitos a concessões, etc... Parece que pegou nas malas e fugiu para o Brasil. Acabo por não saber se o magnífico trabalho em ferro da cobertura e dos pilares é da sua autoria.
A gare hoje em dia apenas recebe comboios regionais e urbanos e sub-urbanos.
Tem 8 linhas.
Uma das saídas para a Praça Almeida Garrett.
Logo com um dos tais edifícios degradados em grande destaque.
Deixei a Rua do Loureiro para o fim, para descrever um pouco o Convento de São Bento de Avé -Maria. Foi mandado construir e pago por D. Manuel I em 1518. Depois o povo foi pagando os acréscimos, e segundo consta, cada abadessa que por ali passou, deixou a sua marca em obras horríveis, de mau gosto e sem nexo. Quer dizer, faltou um homem que soubesse da poda. Mas como era tudo gente de boas famílias, há que deixar estragar e mesmo do pouco Manuelino que parece ter havido, não sobrou nada. Posterior ao Convento, construíu-se a igreja, que segundo li, era obra asseada. Terá sido um erro a cidade ficar sem o que era considerado um monumento.
O Convento sofreu um violento incendio, que juntamente com a abolição das Ordens Religiosas, foi-se degradando. O Estado requereu os edifícios e este ser-lhe-ia entregue após a morte da ultima freira. O que aconteceu em 1892. A partir desta data tudo foi destruído e quando entrou o primeiro comboio ainda havia pedras por todo o lado.
Do lado da Rua do Loureiro ficava a Igreja que era também local de comércio ambulante. O que desagradava aos comerciantes locais. A coisa compôs-se quando os ambulantes foram passados para o Mercado do Bolhão.
A Igreja cuja fachada ficava voltada para a Rua do Loureiro
A Estação de S. Bento actual...
E o Convento na mesma posição fotogénica.
Resta dizer que o pouco que sobrou" do Convento está espalhado por vários Museus, Ordens e igrejas do País. Na Igreja de Santa Clara, no Largo Primeiro de Dezembro, estão dois altares. Nos jardins dos SMAS do Porto, está o Chafariz. Isto conheço.
Quem gostar pode deliciar-se com esta magnífica obra:
O MOSTEIRO DE SAO BENTO DE AVE MARIA DO PORTO, 1518/1899
Formato do ficheiro: PDF/Adobe Acrobatde IMRT Pinho - 2000 -...repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/.../2/000080182.pdf

Uma nota apenas. Creio que se pode dizer sem errar, Convento e Mosteiro. É que nas várias pesquisas encontrei as duas palavras para o mesmo tema. E como não entendido nestas coisas fico sempre na dúvida.