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domingo, 4 de julho de 2010

26 - Um Porto escondido IV

A Casa de D. Hugo e a Cerca Primitiva.
É um dos núcleos museológicos da Cidade do Porto.
Localiza-se a Casa no número 5 da Rua de D. Hugo, encostada à Cerca Primitiva, nas proximidades da Sé. A casa original era de traçado gótico mas foi destruída, tendo, no entanto, sido aproveitada uma das suas paredes originais para a construção de um novo edifício.

A Cerca Primitiva vista do exterior.Identificada como de origem romana do séc. III foi reconstruída no séc. XII. Recuperada em meados do séc. XX
Pormenor do interior da Cerca e a Casa de D. Hugo

Na década de 1980 foram feitas escavações que puseram a descoberto
vestígios de uma ocupação de milénios.



Neste local encontra-se a mais longa sequência de ocupação humana que até hoje foi documentada na Cidade do Porto.
Em três metros de profundidade detectaram-se vinte camadas arqueológicas, integrando ruínas e espólios do séc. IV a.C. até à actualidade.
Foram identificados vestígios do castro proto-histórico que deu origem à Cidade, bem como das ocupações romanas e alta-medieval que lhe sucederam
A Porta Gótica da Casa de D. Hugo, vista do interior
Os textos foram recolhidos na Wikipédia e no site da Câmara Municipal do Porto

25 - Um Porto escondido III

No Largo de S. Domingos, está hoje o que resta do antigo Convento do mesmo nome, a frontaria, que após anos de ruínas surgiu limpa há pouco mais de 2 meses. No seu interior está o que chamam agora de Palácio das Artes, parecendo-me que uma vez por mês abre as portas para divulgação de artes e feira de variadíssimos artigos. Este Convento tem uma estória que vem desde o reinado de D. Sancho II, que se a memória não me atraiçoa foi o 4º Rei de Portugal. Passava a correr o séc. XIII e um reinado de anarquia, como diríamos hoje.
Para ler toda a estória, recomendo a visita e a leitura
http://estudosop2.wordpress.com/2008/05/07/convento-de-s-domingos-no-porto-2/
Acontece que o Mosteiro - ou Convento - sofreu também incêndios que o foram degradando. O último teve a ver com as Guerras Liberais em 1832, pouco mais lhe deixando do que a fachada.

Com os incêndios, a abertura da Rua Ferreira Borges e a abolição das Ordens, foi o edifício, ou o que restava dele, alugado ao que é hoje chamado de Banco de Portugal, em 1834.

O edifício formando gaveto entre S. Domingos e a Rua Ferreira Borges
Mais tarde quem o comprou foi a Companhia de Seguros Douro. Hoje incluída na AXA se não estou em erro. Entretanto várias obras de arte que se encontravam no edifício foram desaparecendo.
Mas para o caso presente, o que interessa é o que está recuperado e aos olhares do povo. Aqui ficam algumas imagens.







Porta do que seria uma Caixa forte.
Não sei se do Banco se da Companhia de Seguros

Passagem para a Caixa forte

Do interior do edifício a vista de parte do
Largo de S. Domingos e o início da Rua das Flores


24 - Um Porto escondido II

Na Praça de Carlos Alberto encontramos o lindo Palacete dos Viscondes de Balsemão. É um edifício histórico, de meados do séc. XVIII, que andou de mão em mão, incluindo na de um Hospedeiro da Rua do Bonjardim. E que nessa altura albergou o refugiado Carlos Alberto da Sardenha, embora por pouco tempo, enquanto não se transferiu para os aposentos do Palacete da Quinta da Macieirinha. Estamos a situar-nos na década de 40 dos anos 1800. Em 1854 o Visconde da Trindade adquiriu a propriedade, à qual deu o toque final que hoje admiramos. No largo, está a estátua de Humberto Delgado, próximo da casa onde tinha a sua sede de campanha.
Entrada

Pormenores
Este edifício já albergou serviços de Gás e Electricidade, quando estes estavam integrados na Câmara Municipal. Os "velhinhos" do meu tempo de menino, diziam: vou pagar a luz a Carlos Alberto.
Os estuques dos tectos são uma obra de arte
Pormenores de azulejos das várias fábricas de Cerâmica do Porto e Gaia.
Não sei, por culpa minha, se estes azulejos são as amostras dos
azulejos que forram as várias salas.


Estes relógios de coluna são uma maravilha.

Várias pinturas estão espalhadas pelas salas.
Pomenores
Presumo que é um retrato de D. Carlos
Sentei-me nesta relíquia por segundos.
O edifício alberga serviços da Câmara Municipal dedicados à Cultura. No dia da minha visita, estava uma exposição dedicada à Numinástica. Com moedas que apareceram no nosso território, hoje País, desde o tempo A.C.. No entanto faltava uma moeda, a primitiva cunhada em ouro que circulou no Brasil. O local e a referencia estavam no escaparate. Fui ter com o segurança para me revistar antes de eu sair, não fosse o diabo tecê-las...
Vai até lá visitar este Palacete. O cicerone é de uma gentileza tão grande que comove.













23 - Um Porto escondido I

A Santa Casa da Misericórdia iniciou a sua acção no ano de 1521, no reinado de D. Manuel II. A casa onde hoje está instalada a sede (não sei se é assim que se deve chamar), à entrada da Rua das Flores junto à Igreja, deve ser digna de uma visita. Mas creio que só com autorização especial se consegue visitar. Foram-me permitidas fazer algumas fotos do átrio, tipo anda depressa que vem ali o polícia.
No site da Santa Casa, descobri que aqui é a Galeria dos Beneméritos.
À esquerda vê-se a pedra gravada que marcou a ampliação do Hospital-Albergaria de Roque Amador, nos Loios/Caldeireiros, (ano de 1521) até à Rua das Flores sendo finalizada no ano de 1689.
A inscrição na pedra mal se distingue.
No átrio da entrada um magnífico chão de azulejos. Não me souberam dar qualquer explicação sobre a sua origem.
Um arco descoberto aquando de uma remodelação, agora enquadrando um painel de azulejos de meados do séc. XX
Imagem de Rodrigues Semide, o benemérito que por legado, permitiu a construção do Hospital que teve o seu nome, sendo agora as instalações da Universidade Lusíada.
O edifício do primitivo Hospital, que passou a ter o nome de Lopo de Almeida após o aumento. Foi desactivado quando entrou em funcionamento o Hospital de Santo António, em Agosto de 1799.