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sábado, 16 de abril de 2011

73 - O Palácio das Cardosas versus Hotel Intercontinental

Recebi um convite da Senhora Pilar Monzón, directora geral do novo Hotel Intercontinental - Porto - Palácio das Cardosas, a inaugurar provàvelmente em Junho/Julho, para o visitar interiormente.

Do exterior, tenho acompanhado fotogràficamente a evolução da obra desde que tomei conhecimento do seu arranque e fui colocando neste espaço com certa regularidade as imagens que captei ao longo do tempo. Embora o meu primeiro escrito seja de 30 de Julho do ano passado com o numero 33, todo o processo já vem desde 2007, se não estou em erro.

Levantou a obra várias polémicas de arquitectos e outros profissionais (é só pesquisar na net Palácio das Cardosas) e mesmo Germano Silva no JN se lhe referiu, citando Eugénio de Andréa da Cunha e Freitas, "… agora, na Casa de Deus, em vez dos honrados frades de Santo Elói, estão os gordos e opulentos senhores da Finança e da Indústria, perturbando, na febre do negócio e do lucro, o eterno descanso de tantas cinzas veneráveis que ali jazem…" .
Quereria Germano Silva interrogar-se sobre o que seria feito aos diversos achados arqueológicos que eventualmente por ali ainda se encontrassem ? Constou-se terem sido descobertos vestígios arqueológicos. Mas como todo o processo é da responsabilidade da Porto Vivo não se sabe concretamente de nada. (Cá para nós e segundo conhecedores por dentro desta empresa municipal, que parece funcionar como uma sociedade secreta - volto a referir-me às pesquisas na net e a quem tenha paciência e prazer em ouvir as gentes da Sé - nunca saberemos o que se descobriu e nem para onde foram as descobertas...se as houve, claro). É a altura do ataque de Germano Silva e outros historiadores, arquitectos, engenheiros, etc. As fotos acima referem-se a vários pormenores das obras. Contràriamente ao que se escrevia - volto a referir-me a escritos que li na net - a circulação automóvel não deve ser prejudicada, pois haverá um desvio para unicamente deixar os clientes no Hotel -. E a paragem dos autocarros que actualmente se encontra em frente da futura entrada já está devidamente programada com os STCP para novo local. No piso ao nível do Passeio das Cardosas, ficará a recepção, bar, biblioteca e um café recordando o velho Astória. No piso inferior será o restaurante.
É este o aspecto do "Café Astória" actual. O mobiliário é do tipo artesanal, fabricado em Portugal.
O tecto foi construído no local por operários portugueses.
O lustre e candeeiros são em cristal, igualmente fabricados em Portugal
Pormenores de um candeeiro.
O Café visto do corredor que vai ligar ao hall de entrada
A amostra da carpete que vai forrar o chão de um dos salões. Embora a foto seja péssima, a textura, desenhos e cores são lindíssimos.
Mobiliário fabricado em Portugal

Aqui será a recepção, com o chão em mármore de diversos países, incluindo do nosso. A mistura dos mármores, desenhos e fabrico foram de uma empresa Portuguesa.
Pormenores belíssimos.
Pormenor de um Quarto
Vista para a Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados
Vista das traseiras para as Ruas de Trindade Coelho, das Flores e Praça Almeida Garrett.
Todos os edifícios vão ser recuperados.
Alguns já numa fase adiantada de recuperação.
Olhando através das vidraças, impressiona ver como se aguentam os edifícios do outro lado.


No piso superior, é esta a vista que temos através das janelas.


Uma lembrança da visita. Uma amostra dos ladrilhos de mármore.
Resta-me agradecer a gentileza da Senhora Pilar e também a Dina Coelho. Além das muitas explicações responderam-me a tudo que perguntei durante a visita de cerca de 1,30 h.

Duas sugestões ficaram no ar: Um livro sobre a história do local; e a substituição de fotos actuais da Cidade incluídas na decoração, por antigas recordando o que foi toda a a área envolvente.