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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

94 - Porto e o que se vê pela Cidade

Porto, lindo e feio. Hoje vou só referir-me ao feio, porque pode ajudar a ficar bonito. Não creio muito, mas não custa tentar.
Começando pelo Cinema Batalha, é um dó ver aquele espaço a arruinar-se. Com o Águia Douro mesmo ao lado, de cara lavada e em breve o Hotel a abrir as portas, imagino-me cliente e olhar a degradação do vizinho.  
No passadiço da Foz existe uma placa alertando para piso irregular que não faz sentido nenhum, pois está mesmo encostada às rochas que se encontram lá no meio. Existem ao longo do passadiço várias placas iguais, mas aí já têm razão de ser, pois o dito está tão mal construído que fácilmente uma biqueira de sapato fica presa entre os desnivelamentos e os espaços entre as tábuas. Uma queda não é difícil de acontecer, podendo provocar prejuízos no corpo do infeliz. Então para as senhoras, se usarem saltos, é certo que no mínimo, ficarão sem eles.  
Tive a sorte de poder fazer umas imagens nas traseiras do Seminário de Vilar. Quem tem amigos... Umas belíssimas, outras chocantes. Na Rua de D. Pedro V, um painel em chapa, longo, separa o passeio da escarpa que dá, penso eu, para a Rua dos Moinhos. Um encosto mais forte e será um voo de grande altura sem paraquedas.
Esta foto é a continuação da anterior

No Largo do Camarão, a S. Lázaro, um prédio que é uma anomalia. Divide-se em andares e armazéns ou oficinas. Uns habitáveis, pelo menos exteriormente assim parece. Outros em ruínas. E o telhado deve ser um belo jardim. Um espanto, como diria Jô Soares.
O famoso edifício no final do Parque Codental da Cidade. Já foi de um Colégio, creio que o Alemão e também dos S.T.C.P. Não ata nem desata esta bela ruína.
Melhor, já desatou alguma coisa. Isto é, a placa que indicava o final da Obra em Março de 2009 desapareceu. Agora está lá uma outra, mas publicitária. Uma área nobre da qual parece ninguém se interessar.
Quem passa nas Verdades e os turistas passam mesmo por lá, devem julgar que houve um bombardeamento à Cidade. As ruínas do que foram casas e oficinas são bem visiveis. E ainda por lá moram pessoas... 
Na Rua da Bandeirinha, em Miragaia, este edifício é mesmo uma contradição em relação aos outros recuperados que lhe são chegados. É certo que para baixo até nem está mau, segundo parece. Mas o topo, meus senhores, que segurança oferece a quem por lá passa ?
Ainda em Miragaia, próximo das Escadas dos Judeus, continuam lá os restos de alguma obra há mais de quatro anos. E muito lixo. E umas pedras que acho curiosas. Alertei a Junta por email, já duas vezes. Pedindo também a informação sobre estas pedras. No largo, encontra-se uma fonte, que deve ter vindo de qualquer lado. Já restaurada ? Não sei, porque está tudo igual desde que visito o local, que oferece uma vista muito bonita sobre Miragaia e Gaia. Mas quem se importa ? 
Nos Loios as obras de recuperação daqueles edifícios parece que não têm fim. O Porto Vivo tem muita vaidade, com certeza, no enorme painel publicitário. Mas os peões e automobilistas ficam com a cabeça em água com o interrompimento dos passeios e o estacionamento só permitido (será ?) ao pessoal das obras. Além do mais, é impressionante porque só se vêm paredes, tudo o mais são buracos. Como será que elas se seguram ? E será até à eternidade ?
Bons passeios pelo Porto, a minha Cidade.