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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

99 - Artesanato e Velharias

Grande e boa surpresa ao visitar mais uma loja na Cidade do Porto. Neste caso foi a Galeria de Artesanato O Galo. E de Velharias também. Coisas com Alma, Memória e Paixão, como diz o seu proprietário Artur Azevedo. Por coincidiência, vim a saber que é familiar do meu amigo Jorge Teixeira, o Jteix.45.
Localizada por baixo da Capela de S. Salvador do Mundo, (de finais do séc. XV, reformada no séc. XVII e a última restauração em 1892) no início de Mouzinho da Silveira, a Galeria representa vários artesãos e exporta para alguns países, sendo o de maior expressão o Japão. Esta loja e armazém tem uma história interessantíssima, com muitas demandas e sentenças, desde a sua origem no séc. XV. Tema para outras estórias.
O seu interior marca-nos desde a entrada, construído em pedra de granito. 
Para além do artesanato tradicional em cerâmica, barro, madeira, tecidos, saltam-nos à vista pequenos brinquedos que marcaram juventudes dos 40, 50, 60.
Os "santinhos" das cascatas e presépios, recordam esses velhos tempos
A portada original de uma janela que esteve numa loja dos antepassados dos actuais proprietários. Quási em frente.
A reconstituição da construção de um barco rabelo. E pequeninos rabelos.
Cerâmica portuguesa. Amostras de painéis construídos por encomenda.
Os nossos brinquedos dos anos 40, 50, 60...Pistolas de fulminantes, carros de chapa, louças para as meninas, futuras donas de casa; piascas Rapa, Tira, Deixa, Põe, das festas de Natal. Para jogarmos com pinhões.
Estojos de lápis de cor, em chapa, da Molin. O J. Peixoto quási chorou ao vê-los, recordando-lhe os tempos em que trabalhou nesta empresa.
E as velharias são também muitas e sortidas. Máquinas de costura vi três marcas: Pfaff, Singer e Oliva.


A Pandeireta das romarias. Quási era obrigatória a sua compra pelos excursionistas de grupos de amigos - as Caixas de 20 Amigos - que no final de um ano de quotização
confraternizavam organizando uma excursão. O regresso era uma festa nas camionetas, que todas as empresas de transportes rodoviáros tinham para o efeito. E também servia para angariar a gorgeta para o motorista.

Um pormenor da Loja-Galeria.
Lápis fabricados pela Viarco e comercializados pela Molin. Enquanto o Presidente J. Teixeira conversava com os familiares, o J. Peixoto puxava os lápis para fora para que o Boneco fotográfico melhor reproduzisse o expositor. Em madeira, claro. Ao lado, cones, cubos e outros elementos geométricos com que os nossos professores se serviam para ensinar os meninos. Como era bom sentir as peças e formar figuras
Material que as Escolas possuiam e nós no Quadro Preto utilizávamos.
Miniaturas de azulejos.
Galos de Barcelos tradicionais e mais futuristas. Quadros reproduzindos os azulejos da Estação de S. Bento. Loiças.
Um mundo de lembranças, mas também da criatividade artesanal portuguesa.
Já agora, o mínimo que posso fazer é deixar o contacto: arturazevedo@iol.pt