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domingo, 25 de dezembro de 2011

106 - 21.12, um dia em grande

Para mim, ter nesta época conversas em dia é difícil. Os compromissos sociais surgem de repente e a alguns não posso (nem devo) fugir. E a minha velha máxima de Um dia de cada vez, hoje é o futuro amanhã logo se verá, está sempre actualizada.
Na agenda estava programada a despedida dos 65 do Bando, para a noite. Para o almoço pensava ir até Matosinhos à Tabanca. Mas um telefonema intimativo, fez-me deslocar para Terras por detrás do Sol-Nascente, ainda por cima por uma rota mal alinhavada. Coisas que se desculpam só a Régulos.
Não foi pelo menu apresentado à la Telephone que abdiquei de uma coisa para seguir outra. Isso para mim - o menu - é o que menos conta. (Exclui-se o cozido, francamente, não vou lá muito nele. Desculpa lá ó meu querido Presidente).
Depois de umas dezenas de quilómetros (será que esta ortografia é correcta ?), percorridos num belo e limpo machibombo, cujo motorista teve a amabilidade de abrir a porta para eu descer antes do destino, - vê-se logo que não é funcionário de uma empresa estatal ou municipal - só porque vi os dois compadres de Penafiel a quási ultrapassarem a fronteira, sem se darem conta do perigo que corriam.
Salvos a tempo, inverteram a marcha e seguiram-me até ao abrigo onde a companhia se deveria reunir. Lá estavam companheiros de outras guerras, do velho Paço dos Fados, desenfiados por momentos, porque era dia de trabalho.   
Para além dos aperitivos habituais nestas coisas de comidinhas, esperava-nos um leitão apetitoso. Claro que o vinho só poderia ser o Pedro Milhanos do nosso querido Zé Manel Vinhateiro. Que infelizmente não estava nos seus dias.
A mesa estava bonita, mas o Carmelita quis fazer uma demonstração de como se fotografa, fotografando.
Ora fotografando, foi nem mais nem menos do que a nossa gentil hospedeira, que permitiu a sua foto registada pela máquina do Carmelita.
Um abusador este Peixoto, que não se limitou a uma simples salada de frutas. Tudo em grande para o nosso amigo.
Os dois compadres, já refeitos do susto e com a barriguinha cheia, apanham o belo Sol de Inverno.
O Mano Carvalho Velho pensa do Silva: Será que está, que vai, que fica...deixa p'ra lá...
A rapaziada pôsando, para mais tarde recordar.

E logo começa o mercado paralelo. Mas que não é não senhores. É (Foi) a gentileza do Zé Manel a ofertar umas tantas garrafinhas. Pessoalmente agradeço a sua generosa prenda de anos, pois ele sabe bem como gosto daquela bagaceira. Coisa única. Já bebi uns tragos à tua saúde, Zé.
O Cancela que não capina sentado, logo andou a ofertar as suas abóboras. Quanto a mim, se elas vierem transformadas em belos docinhos, ainda lá vou...
Porque o dia de trabalho do Carvalho ainda não tinha acabado, fomos acompanhá-lo até à Sede do Regulado de Medas. Meia hora de seca, mas ainda a tempo para lhe fazer a foto da futura campanha. Todos aqueles papeis já lá estavam. E o dicionário também, que deve ser um Porto Editora com mais de 45 anos. Tudo na imagem é natural e instantâneo.
Estes rapazes apanham-me sempre desprevenidos, porque a seguir a Festa continuou na Casa do Senhor Régulo.
Que por sinal tens uns animais domésticos com certos tiques. Cála-te boca, que nem sou de cá...
Depois de uns quatro miausinhos, vem de lá o "cãozão-chefão", que faz umas acrobacias dignas dos maiores artistas de circo. A única pose possível do actor, depois de ter estragado aí umas 10 chapas.
Em exibição no outro pedaço, estavam estas belezas, cujo chefe mantém em respeito. Chefe é Chefe e o harém obedeça.
Notem como o guardião do templo segue a rapaziada e mantém um olhar intimidatório que assusta o mais afoito.
Mas é neste cantinho que me dou bem.

Guardada à minha espera está sempre uma bagaceira de 5 estalos. E a máxima do Carvalho é: não perguntes nada...
Por cima da lareira, uns belos salpicões esperam a sua hora.
O fogo da lareira é reactivado, prometendo surpresas.
Nos entretantos, sai uma suecada.
Os compadres de Penafiel julgavam-se os maiores. Até eu e o Carmelita entrarmos. Mas fui logo avisando. E mai'nada...

Um pôr do Sol é sempre uma beleza, mesmo com o Cancela pelo meio. Ou por isso mesmo...Um sol refletindo noutro...Lindo, digo eu.

Pena o Zé Manel estar em baixo. Não tocou nos camarões, nem no salpicão, nem nas alheiras. Mas quem tem amigos não morre na Cadeia e logo o Carvalho lhe preparou uma mixórdia, que o deixou chegar a casa em melhores condições. Assim me disseste e eu acredito, nosso caro poeta.
Uma foto do camarada Silva, antes do Carmelita me levar para outras bandas, onde outros bandalhos me esperavam.
Assim se demonstra como um simples telefonema pode mudar um projecto em menos de 2 horas.
Só para finalizar, uma das várias e lindas peças de artesanato que enfeitam a sala da
Junta de Medas.
Merece destaque e aplausos.