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domingo, 8 de julho de 2012

135 - Rua da Restauração

Provàvelmente quem passa por esta Rua, não se apercebe o que ela possuiu - e ainda possui alguma coisa -  em tempos não muito longos.
Dividida entre as Freguesias de Miragaia e Massarelos, começou a ser construída por iniciativa da Misericórdia do Porto em 1816. Em 1825 ainda não tinha nome. Em 1839 não rompera ainda a pedreira da Torre da Marca (parte dos Jardins do Palácio de Cristal assentam nesta pedreira, mas não sei se deve o seu nome à Torre da Marca que assinalava desde 1542 o tráfego do Rio Douro precisamente no que viriam a ser os Jardins do Palácio, ou à Torre da Marca mais conhecida como de Pedro Sem que se encontra na Boa Hora, junto ao Palacete de Terenas antigo Paço Episcopal durante um período após as Lutas Liberais.
Numa planta de 1844 vê-se que já está ligada ao Rio na Alameda de Massarelos.

Começa junto ao Hospital de Santo António - fica para outra vez a sua história - ligada à Cordoaria e o seu primeiro nome foi de Rua do Hospital, depois de D. Miguel (o Absolutista) até 1832 e ainda Rua da Bandeirinha. Esta agora é apenas a que parte do Largo do Viriato, já ali em baixo a uma centena de metros até às traseiras do Palácio das Sereias e à Torre da Bandeirinha da Saúde. Presume Andrea de Cunha e Freitas, na sua Toponímia Portuense, que o nome actual se referirá à Restauração do Governo Constituicional e não à Restauração da Independência em 1640. (Lembram-se dos governos espanhóis Filipinos de 1580-1640 ?). Não sei desde quando ficou com o nome actual.

Esta parte da Rua - da Cordoaria até ao cruzamento do Largo do Viriato à esquerda e da Rua de Alberto Aires de Gouveia à direita -, assenta em estacaria derivado às águas que por aqui passavam e acabando no Monumento Nacional que é a Fonte do Rio Frio, lá no fundão das Virtudes. O Hospital de Santo António - ala Oeste do edifício e as traseiras da sua ampliação recente - ocupa o lado direito. Do lado esquerdo um gradeamento em ferro, encimado por lanças, foi colocado para prevenir eventuais quedas de uma altura superior a 30 metros. Vista de baixo, é uma muralha com um aspecto impressionante.

A paisagem que daqui se avista é deslumbrante. Ao fundo, o Rio Douro e Vila Nova de Gaia. Em baixo, parte do antigo Horto Real das Virtudes, hoje Jardim das Virtudes, que presumo já estar aberto de novo ao público.

Fazendo esquina com o Largo do Viriato a casa do Dr. Fernando Valente, provàvelmente o maior coleccionador Filuminista de Portugal. Segundo li no site da Junta de Freguesia de Miragaia, possui um Museu que a pedido poderá ser visitado.

Do outro lado da Rua, existiu o Palacete de John Francis Allen (1785-1848) um negociante de Vinho do Porto, que foi coleccionando obras de arte, história natural e epigrafia ao longo da vida tendo oferecido à Cidade do Porto a considerada maior colecção particular de Portugal. O seu Museu, aberto ao público aos domingos, cresceu de tal forma que teve necessidade de aumentar o edifício.

João Allen foi um dos fundadores do Banco Comercial do Porto e da Associação Comercial. A sua história e a da sua descendência ainda estão bem vincadas na Cidade. Um abraço especial ao meu amigo Xico Allen. Do outro lado da história da vida, recomendo uma visita à Quinta de Vilar de Allen e ao seu património incluindo as célebres Camélias. Fica quási em frente ao Palácio do Freixo, na Estrada Marginal para Gondomar.
Voltando à Restauração, o Palacete foi destruído e um novo edifício alberga numa parte, os Jogos da Santa Casa da Misericórdia. Curioso um triângulo que aparece mesmo na esquina do edifício e para o qual o meu amigo Bernardino Sardinha me chamou a atenção. Esquisitices de Arquitecturas.

Começamos a descer a Rua para o Rio. Do lado direito as instalações do Bloco Gráfico da Porto Editora, para além de umas garagens. Do lado esquerdo é tudo diferente.

Devido à minha amizade com o Senhor Eduardo Alberto Aguiar de Sousa, actualmente a viver no Rio de Janeiro, descobri o edifício onde esteve instalada a primeira clínica privada da Cidade pertença do avô, o Professor Alberto Pereira Pinto de Aguiar tendo também aí a sua residência.

O edifício foi sendo aumentado e ainda mostra, gravada na pedra, a legenda Laboratório Médico. Hoje, numa parte alberga escritórios de advogados, mas presumo que ainda mantém o recheio pertença da família.
Alberto de Aguiar nasceu no Porto a 22 de Setembro de 1868 e faleceu a 27 de Abril de 1948. Em 1893 licenciou-se pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto e três anos depois editaria a sua tese de doutoramento referente à urologia. Leccionou várias cadeiras na Escola Médica e mais tarde na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto entre 1896 e 1935, ano da sua jubilação. Durante 5 anos dirigiu o Laboratório Nobre resultante de um acordo entre a Escola Médico-Cirúrgica e o Hospital de Santo António. Problemas foram surgindo e acabou afastado dessa instituição bem como do concurso para a direcção do Laboratório de Análises da Misericórdia. Não sei as razões destas discórdias, mas olhando para os dias de hoje "Quem não está comigo, está contra mim. Portanto despeça-se"

Fundou o seu laboratório que ràpidamente alcançou grande fama nacional e tornou-se um prestigiado centro científico de investigação. Produziu teses inaugurais de concursos e 6 Volumes da Revista de Semiótica Laboratorial, criada e dirigida por Alberto de Aguiar.

Interviu civicamente, tendo presidido à Junta Patriótica do Norte, organismo constituído na cidade do Porto em 1916 com os fins de propaganda patriótica e de assistência às vítimas da Guerra, com fundos provenientes de cotizações de voluntários e de verbas dos seus membros.
Em 1917 a 25 de Maio é inaugurada a Casa dos Filhos dos Soldados num edifício na Rua de Cedofeita que um mês depois já albergava 42 órfãos.
Esta instituição deu lugar anos mais tarde, em 1921, à actual  Liga dos Combatentes da Grande Guerra, sediada no Porto na Quinta Amarela, ao Carvalhido, onde ainda se encontra. Aos interessados, mesmo aos de hoje ex-combatentes do Ultramar, aqui fica o link que pode ajudar a saber o que é a Liga e a sua antecessora  Casa dos Filhos dos Soldados: http://www.primeirarepublica.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&catid=17%3Ainstituicoes&id=187%3Alcgg-liga-dos-combatentes-da-grande-guerra-&Itemid=13
Gostava de saber (à atenção do Carlos Vinhal, por favor não esqueças o meu pedido) se o espólio desta Casa está guardado ou integrado na Liga.
Alberto Pinto de Aguiar foi agraciado com a Comenda da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e por ser considerado o precursor do estudo e investigação em Bioquímica foi apelidado o Patriarca da Bioquímica Portuguesa. Está sepultado no Cemitério de Agramonte.
Textos compilados em

Ao meu amigo Eduardo agradeço as fotos que me ofertou, parte delas aqui reproduzidas com a devida autorização.

Continuemos pela Restauração e vamos encontrar alguns belos edifícios. Este não conheço a sua origem nem a propriedade.

Mas este onde está instalado um organismo dos Vinhos Verdes, foi considerado em meados do séc. XIX "a casa mais luxuosa do Porto". Pertenceu a António da Silva Monteiro - o Conde da Silva Monteiro - nascido em Lordelo do Ouro em 16 de Agosto de 1822 e falecido em 15 de Janeiro de 1885. Filho de pais comerciantes, embarcou jovem para o Brasil e no Rio de Janeiro tornou-se comerciante e próspero capitalista. Os seus negócios continuaram no Brasil para além da sua morte. Regressado a Portugal, contribuiu para a criação das Escolas Primárias de Lordelo e Miragaia e na ajuda aos Soldados que entraram no conflito da Guerra Franco-Prussiana. Igualmente foi importante na ajuda às vítimas da enchente de 1877.  Presidente dos Bombeiros Voluntários, da Sociedade Palácio de Cristal e da Associação Comercial, Vice-Presidente da Câmara do Porto, esteve ligado aos incentivos dos projectos do Porto de Leixões e ao Caminho de Ferro para Salamanca. Criou várias empresas e empreendimentos destacando-se o dos Caminhos de Ferro da Póvoa. Foi um apaixonado pela horticultura e jardinagem que desenvolveu na sua Quinta da Lavandeira em Oliveira do Douro, Gaia.
Vista do ar, a propriedade deve ter uns jardins magníficos.

Uma linda casa com fachada em azulejo fecha esta parte da rua, seguindo-se um autentico miradouro sobre o Douro.

Infelizmente destacam-se as ruínas do antigo Convento de Monchique, presumimdo-se ter sido edificado sobre a Sinagoga Judaica de Miragaia pelos Portocarreros, os mesmos do Palácio das Sereias, também em Miragaia.

Do lado direito fica a muralha da pedreira da Torre da Marca e lá no alto o Palácio de Cristal, nome que sempre daremos aos seus Jardins, pois o Palácio foi destruído impunemente em princípios dos anos 50 do séc. XX. Quem vem do Palácio - Jardins - pode seguir por um dos itinerários dos Caminhos do Romântico - Entre Quintas, Macieirinha, por exemplo - e vem dar à Restauração. É um dos muitos e belos itinerários do Porto antigo de Massarelos. À chegada podemos apreciar alguns edifícios reconstruídos no local onde existiu a antiga Fábrica de Cerâmica de Massarelos.

Pormenores da Rua da Restauração.

Local onde mais ou menos esteve a Fábrica de Cerâmica de Massarelos. Foto antiga da Fábrica e actual local, vistos de Gaia.  As novas casas, escritórios e armazéns vistos da ponte-desvio que entra no Rio, e do lado da Restauração. Fundada em 1766 por Manuel Duarte Silva, viveu vários períodos de fabrico. Entre 1819 e 1845 esteve arrendada à Fábrica de Miragaia, de Rocha Soares, cujas famílias se uniram por laços familiares. Em 1912 a gestão passa para a empresa Chambers & Wall. Em 1920 é destruída derivado a um incêndio de enormes proporções. A produção continuou na Quinta de Roriz, junto à Ponte D. Maria do lado de Gaia. Hoje temos a recordação desta Fábrica devido a dois grande fornos recuperados e instalados na Avenida Gustavo Eifell, na marginal do Douro e relativamente próximo do Freixo.

O início ou fim da Rua, como queiram, junto ao Rio na Alameda de Massarelos.
 Hoje chama-se Alameda de Basílio Teles.

Alguns elementos para ajudar ao texto foram descobertos na net: Junta de Freguesia de Miragaia, Porto XXI, Toponímea da Câmara Municipl do Porto, Wikipédia (John Allen, António da Silva Monteiro).
Recomendo uma visita à Rua, descendo-a e subindo-a de Eléctrico.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

134 - A Igreja de S. José das Taipas - Parte II

Numa semana azarenta, (a que passou, história que talvez venha a contar) dei comigo na Cordoaria por casualidade. E reparei que a Igreja de S. José das Taipas estava aberta. Lembrei-me que quando a visitei em Abril do ano passado, o seu famoso Presépio tinha sido emprestado ao Hospital de S. João aquando das comemorações dos 50 anos da sua vida.   
Então resolvi entrar e saber se o Presépio já tinha sido devolvido. Fiquei surpreendido por ter um cicerone, extramamente amável, a receber-me. O Rui Gomes, seminarista no Bom Pastor em Ermezinde, a quem fico a dever o grande favor de me dar a conhecer coisas que não vêm nos "livros". E sobre esta Igreja pouco existe que nos possa ilucidar, para além do trivial, que já contei no meu escrito nº 71 e com a referencia  http://portojofotos.blogspot.pt/search/label/S%C3%A3o%20Jos%C3%A9

Na altura da minha anterior visita e conforme referi no escrito - acima sublinhado - tive também uma cicerone ocasional. Na altura não nos apresentamos devidamente, mas fiquei a saber agora que era a Ana Teresa Braga Teves Reis,  Licenciada em Conservação e Restauro e Mestrada em Conservação e Restauro de Bens Culturais e que leciona as disciplinas técnicas no curso de Assistente de Conservação e Restauro da Escola Artística e Profissional Árvore.
Mas voltando ao presente, fiquei a saber que o o Retábulo da Capela Mor possui um trono escalonado normalmente tapado por uma tela, de autor desconhecido, representando as várias irmandades: N. Srª. da Consolação, S. Nicolau Tolentino e S. José.
Sobre os Altares laterais, já me referi na postagem indicada.

Tentei por vários meios saber a quem é atribuida a gravura pintada sobre cobre exposta num dos altares laterais, reproduzindo o desastre da Ponte das Barcas, ocorrido aquando das invasões francesas em 29 de Março de 1809, sem resultados. Mas descobri que talvez tenha sido inspirada numa gravura que faz parte do arquivo da Igreja.

Foi-me chamada a atenção para o Sacrário, o segundo maior da Cidade do Porto e para a beleza dos seus ornamentos.

Pormenor dos paineis de um dos retábulos.

Fui levado então à galeria museológica, onde se encontra o famoso Presépio do séc. XVIII, da escola de Machado de Castro. (Um dos maiores escultores Portugueses - Coimbra, 19 de Junho de 1731 - Lisboa, 17 de Novembro de 1822). Contràriamente ao que encontramos no simbolismo do Presépio, este é apresentado com aspectos riquíssimos, desde logo um trono em ouro.
A foto, esta foto, só foi possível com flash, devido aos muitos reflexos e pouca iluminação da galeria. Por isso todas as deficiências não permitem ver e apreciar a maravilha desta obra, preservada por um vidro.

Da galeria museológica, ainda inacabada de um restauro em curso, com imagens de Santos, provàvelmente do séc. XVII e várias Pinturas, enormes, só foi possível captar estes frascos de farmácia, cuja origem e fabricante não me foi possível identificar.
Descobri uma cripta por baixo do altar-mor. Um alçapão na Capela Fúnebre com tampa descobre uma pequena escada que nos leva até ela.

Um pouco de claridade entra por uma pequena janela. Algumas pedras trabalhadas e um busto devem fazer parte da arqueologia da Igreja.

Numa abertura da cripta, um ossário contendo os restos mortais das poucas mais de 200 vítimas do desastre da Ponte das Barcas recuperadas ao Rio Douro. Estão totalmente resguardadas da luz e diferenças de temperatura. Só consegui ver algumas das ossadas quando reproduzi as imagens.
Estas ossadas foram trasladadas do chão da Igreja onde jazeram os corpos após a sua recuperação ao Rio.
Nota: A foto das ossadas foi retirada, porque o Senhor Fernando Hélio Loureiro, Presidente da Irmandade me pediu para o fazer. E porque é errado, disse, pois as ossadas são dos corpos dos irmãos sepultados na Igreja (ver nos comentários o seu mail) Espero, porque lhe pedi, que me informe onde estão as ossadas dos corpos recuperados ao Rio.

Já conhecia a Sacristia desde a altura em que os estudantes da Árvore procediam a limpezas sob a orientação da Professora Ana. Mas nada como uma visita guiada, não profissional, mas de amigo para amigo, para aprender e conhecer.
Sabemos que a Sacristia actual foi a primitiva Capela da Casa dos Pachecos onde se reunia a Irmandade de S. José. Não me vou repetir com a história. Escrevi na altura não saber quem a imagem do Altar representaria, mas presumia-se ser da de N. Sra. das Dores. Disse-me o meu cicerone que é de Nossa Senhora de Vandoma, o único lugar onde ela está representada na Cidade para além do da Sé Catedral.
Bom, lendo a história de Nossa Senhora de Vandoma, a Padroeira da Cidade desde 1954, instituida por D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto no ano jubilar de Nossa Senhora da Conceição, em nada a sua imagem tem de comum com a história. É certo que as cores do Manto e Túnica foram alteradas quando o regime político passou a ser Liberal no séc. XIX. Primitivamente o manto era vermelho e a túnica azul. Depois passou o manto a azul e a túnica para branco. O menino estava coberto até à cintura e tinha pombas de barro nas mãos às quais dava vida com um sopro. O ceptro da mão direira da Virgem, bem como as coroas desapareceram há séculos da imagem que está na Sé, provàvelmente roubadas. Esta imagem também não as tem. Mas quem sou eu para discutir estas coisas ?
Segundo a Professora Ana, a imagem pertencia à primitiva Capela e é atribuída ao séc. XVII.
 
Pintura representando S. José das Almas

As outras imagens ao lado do altar de S. Nicolau Tolentino e a outra esqueci quem representa.

Urna da Semana Santa, provàvelmente da primitiva capela, em talha dourada rocaille
 
 Pormenor da Urna

No primeiro altar à direita de quem entra na Igreja, existe um altar dedicado a Nossa Senhora da Providência. Possui uma cópia da pintura existente na Sacristia, esta da escola alemã do séc. XVII de autor desconhecido e à qual foram adicionadas duas coroas em prata. As fotos, mais uma vez foram as possíveis devido aos reflexos impossíveis de anular.

Chamei-lhe zimbório anteriormente. O correcto será Lanternim. Tem 8 faces, constituídas por 10 janelas gradeadas em arco de volta perfeita sobre paineis entalhados com motivos religiosos e iconografia das Irmandades. Ao centro, uma claraboia elíptica.

No pátio, alguma arqueologia à espera de local próprio, incluindo duas pias de água benta.

Nos pisos superiores encontram-se várias salas que não visitei.

Tenho reparado que em algumas Igrejas existe este apetrecho em ferro de cada lado da entrada mas não fazia ideia para que serviria. Vi há dias um pps em que o mesmo era referido na Igreja de Santo Ildefonso. É um rapa pés, digo eu, e destinava-se a limpar as solas do calçado da lama dos caminhos.
Para além dos conhecimentos que me foram administrados pelo meu cicerone, colhi outros numa pequena brochura da autoria da referida Professora Ana Teves Reis, ofertada na Igreja mas se quizerem podem contribuir com 5 €. Com surpresa minha venho referenciado nesta brochura.
Colhi elementos sobre Nossa Senhora da Vandoma na página do JN com a assinatura de Germano Silva:  http://www.jn.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=553983
Como nota final, informo que a Igreja está agora aberta para visitas de Terça feira a Sábado, das 10 às 12 h e das 15 às 19 h. Registe-se esta boa novidade.