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quarta-feira, 18 de abril de 2012

124 - Banco de Materiais

Ando pela Praça de Carlos Alberto com alguma regularidade. Mas pelo menos uma vez por mês é sagrado. Ou não esteja ali próximo o Progresso onde pára a rapaziada do Bando.
Como sempre digo, podemos passar dezenas de vezes num local e nem reparar o que ele possui. E aconteceu comigo.
Há precisamente oito dias, fui fazer umas fotos que me faltavam na zona de Carlos Alberto e reparei que no Palacete dos Viscondes de Balsemão está um Banco de Materiais em exposição e desde Dezembro de 2010.
Este Banco de Materiais, aberto ao público, mostra os mais variados exemplares decorativos e construtivos da arquitectura portuense como azulejos, estuques, ferros, telhas, cartelas, etc.

São materiais recolhidos de edifícios degradados, a demolir ou a alterar, com a finalidade de se devolverem à Cidade. São ofertados pela Câmara os elementos repetidos, especialmente azulejos, a quem deles se possa servir com o fim de os aproveitar devidamente.
Todas as peças expostas estão devidamente referenciadas, algumas com o nome dos arquitectos, as fábricas ou oficinas que as produziram, o local onde estiveram instaladas e data de origem

Os meus amigos se quiserem ver e ler mais em pormenor as referencias, é só clicar nas fotos e elas ampliam o suficiente para tal efeito

Os materiais de maior raridade e significado cultural destinam-se ao fundo museológico, para fins didácticos e pedagógicos.



Telhas de beiral em faiança, decorativas, que ainda podem ser vistas em algumas casas, por exemplo no Muro da Ribeira. Não dá trabalho nenhum levantar o pescoço e olhar para o alto. Formam uma espécie de telhado avançado, belíssimo. A informação onde as podemos ver, foi-me prestada já há uns tempos por uma senhora - não sei a sua actividade profissional - na Casa do Infante. Porque são peças do séc. XIX, os moradores têm muita vaidade em as possuírem.
Telhas protegidas em vitrinas. Peças raras e antiquíssimas.

Ornatos em estuque, provenientes de uma das mais importantes oficinas da Cidade, a de Avelino Ramos Meira, que se localizava no número 236 da Rua do Rosário. Fechou as suas portas em 1999.
O espólio desta oficina foi ofertado à Câmara do Porto pelos herdeiros de Ramos Meira em 2001. Este espólio é constituído por centenas de peças, das quais 784 em gesso. Incluem-se modelos para aplicação directa, moldes ou matrizes, fôrmas ou contra-moldes, que se destinavam à reprodução em série.
Presumo que este painel esteve num edifício na Rua da Alegria,
uma fábrica de meias de senhora, salvo erro, já demolido.
Seria nas traseiras do Shoping cuja entrada está colada à Capela da Almas
em Fernandes Tomáz.
O meu amigo J.Teixeira vai com certeza dar a sua opinião.

Referente à azulejaria portuense, destaca-se a sua evolução desde a utilização dos azulejos importados do séc. XV/XVI (hispano-árabes) até à sua produção para o revestimento de Fachadas.

Entrada grátis. Aberta todos os dias com excepção de Domingos e Feriados. 10/12H - 14,30/17,30H

Elementos de texto respigados do folheto da Exposição e em


Uma nova exposição acabou de abrir hoje neste local com o nome Marcas de Granito. Presumo ser um complemento do Banco de Materiais