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quarta-feira, 5 de junho de 2013

160 - 250 Anos da Torre dos Clérigos

A Torre dos Clérigos comemora 250 anos da data da sua conclusão e inauguração. Parabéns Torre Sineira. Que esteve para ter uma irmã. Nasceu no terreno que sobrou da construção da Igreja e do Hospital, Enfermaria ou o que quer que se queira chamar ou se chamou à construção edificada entre a Igreja e a Torre.
Um dos símbolos maiores que orgulhosamente a Cidade do Porto exibe.
Nicolau Nasoni até contribui do seu bolso para a sua construção. É uma obra de arte do Barroco que o bom e grande Nicolau deixou espalhado pelo Porto e também pela região Norte de Portugal.
A vida do Nicolau Nasoni já a esbocei, segundo os vários escritos lidos e portanto não a vou repetir. Mas podem lê-la ou relê-la em http://www.vidaslusofonas.pt/nicolau_nasoni.htm. Um espaço que é obrigatório visitar.
Está patente uma pequenininha (à moda do Porto), exposição sobre os 250 anos da Torre. Não sei ao certo o nome da dita. Esqueci de registar o cartaz pendurado no Lugar dos Materiais de Construção, no Palacete Balsemão, em Carlos Alberto.  
Cheguei à hora de fechar, (17h,30m) mas a simpatia dos funcionários permitiram-me o tempo que quisesse. Claro que não abusei. Foi quási só entrada por saída.
Nunca me canso de olhar a Torre e a Igreja seja de que ângulo for. A Velha Senhora merece que se olhe demoradamente para ela.
Vista do lado de Vila Nova de Gaia, destaca-se de entre o casario e dos outros grandes 
 Monumentos da Cidade.

Agora uma aproximação até à Igreja. Comecei pelo alto da Rua de 31 de Janeiro (ou de Santo António, como queiramos). Não foi de maneira alguma par "chatear" os Padres de Santo Ildefonso, cuja Igreja estás nas minhas costas. Que para terem uma altura equivalente à Torre dos Clérigos mandaram fazer um obelisco que colocaram ao cimo desta Rua. Como foi preciso dinheiro, retiraram o obelisco e o local foi utilizado para se construírem lojas (lembram-se, caros portuenses, da camisaria Janota e a montra das 100 camisas ? Essa foi uma delas). O obelisco está actualmente no terreno do lado esquerdo quando voltados para a Igreja.
Aqui a vista já é desde a Praça da Liberdade.

Estamos no cimo da Rua dos Clérigos.
Um pormenor da parte superior da frontaria. Barroco puro: Escultura de Santos, Fogareus, Cornijas, Balaustradas. Foi o que li, pois não percebo nada destas coisas. Só gosto.

A história dos Clérigos, fotografia possível registada na exposição.

Serviu como modelo para obras de arte em miniatura.

A exposição ocupa uma sala, onde podemos ver alguns desenhos de Joaquim Vilanova, o desenhador, gravador e litógrafo portuense, várias fotos e recordações.
No chão, um tapete de razoáveis dimensões mostra-nos a planta do conjunto. Em frente a reprodução de um desenho extraordinário da fachada da Torre.

Incluída nas comemorações, foi recuperada a velhinha capela de Nossa Senhora da Lapa, cuja entrada está na frente do edifício da Igreja e construída numa cripta.
A entrada na capela não é acessível ao público. Podemos ver o seu interior através de uma porta de vidro.O culto à padroeira da capela foi introduzido no Porto pelo cónego Ângelo de Sequeira da Sé de S. Paulo, Brasil. Que começou na Sé do Porto e mais tarde no santuário próprio, a actual Igreja da Lapa.

 Parte da monumental abóbada da Igreja
Retábulo do Santíssimo Sacramento.
A Capela-Mor é uma obra grandiosa. E nunca tinha conseguido uma imagem razoável do conjunto.

Na exposição podemos ver a preciosidade do Livro das Obras

Não há qualquer registo oficial sobre a figura de Nasoni. Segundo a Prof. Cristina Vaz o único retrato que existia na Irmandade desapareceu. Esta pintura poderá ou não retratá-lo. Não tem autor nem data conhecidos. Mas será este o retrato de que escreve a Professora ?

As fotos são do meu arquivo e algumas vêm desde 2007. Aos amigos interessados, poderei ofertar-lhes um pps feito em 2008. Na altura, o interior da Igreja estava totalmente iluminado. Agora nem o Altar-Mor tem iluminação. E sem ela não é possível ver a sua grandiosidade nem os tons de cor das colunas. Será derivado à crise, penso eu.