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terça-feira, 7 de julho de 2015

221 - Histórias e Historiadores; Ajudas e boas leituras

Poderá ser confuso o conjunto destes apontamentos. Mas tudo tem uma razão de ser. E as confusões fazem parte da vida. De preferência com fotos.
Na última postagem, referi-me à imagem acima visível num dos espaços da Sé de Braga. Escrevi que não há uma informação sobre a mesma o que é de lamentar.
Mas quem tem amigos não morre na Cadeia - sempre o disse e não me canso de o afirmar - a minha amiga Conceição meteu pés a caminho e foi à Sé perguntar quem representa a figura.
Informaram-na e ela passou-me que é de Santo Ovídio. Que estava num altar de onde foi retirada para se colocar lá outro santo.
Ora na Wikipédia lê-se que Ovídio foi um cidadão romano de origem siciliana e segundo a tradição o Papa Clemente enviou para Bracara Augusta na Galécia, onde foi terceiro Bispo no ano 95. Foi mártir pela sua Fé no ano 135. Foi sepultado na Sé de Braga.
Segundo as Memórias Gaienses, tem Festa no primeiro domingo de Setembro. O culto remonta pelo menos ao séc. XVIII. Curioso como festejam em Setembro se o dia do Santo é em 3 de Junho. Para o caso não interessa nada mas interessa que na tradição religiosa popular é conhecido como Santo Ouvido, advogado contra as dores de ouvidos e maridos infiéis.
Os fieis com os males e na esperança de serem atendidos, faziam-lhe promessas de oferendas em dinheiro, objectos de cera como ouvidos e cabeças e telhas. Estas últimas também era de tradição ofertarem-se a outros Santos.
Falta-me saber que objectos ofertavam contra os maridos infieis. Mas a história ou os historiadores nunca nos contam tudo, não é verdade ? Provàvelmente por causa das vergonhas.

Mudando de temas e passando para as leituras curiosas que vou fazendo.
Li na página de um jornal dedicado à gastronomia que os pimentos têm sexo. Se tiverem três maminhas, são do feminino. Se tiveram 4 são do masculino. A recomendação tem a ver com o picante. Já não me lembro qual é o mais e o menos. No caso dos pimentos femininos deve-se dizer pimentas ? Como raramente encontro um (ou será uma ) mais ou menos picante, pelo contrário são sempre adocicados, presumo que só cômo um dos sexos. Desculpem o uso da cartolinha mas é para não os fazer voltar a trás para entenderem a frase direitinho. 
Como não sei qual é - estávamos a pensar em sexos, não se distraiam meus amigos e amigas - fui investigar os meus pimentos e as minhas pimentas. Acreditem, fiquei todo baralhdo. Então não é que encontrei 5 maminhas ? Por isso não escrevo que me apareceu um pimento ou uma pimenta, pois não sei o sexo. Os gourmetes ou gourmetas que definam.
Tal como na história do Santo Ovídio ou Ouvidos os estes ou estas também escondem muita coisa debaixo do avental da sua sapiência.

Continuando no tema comida ou as suas origens, li  na Revista de domingo passado do Jornal Público uma reportagem excelente de Alexandra Prado Coelho - muito bom o seu blogue mais olhos que barriga e também a página http://.publico.pt/autor/alexandra-prado-coelho - sobre o Bacalhau.
A foto abaixo sem a devida autorização para a publicar está na Revista do Jornal Público. Espero que não se zanguem comigo, bem como a Alexandra.
Os meus amigos e amigas se se deram ao cuidado de ler esta reportagem (não se esqueçam de dizer se querem que continue a enviar o jornal ), estarei a repeti-la. Mas prometo que a finalidade destas linhas tem o seu quê de político e pouco a ver com o nosso Fiel Amigo da reportagem. Lá irei.
A história da reportagem passa-se na Islândia, aquele País nórdico insular com uma ilha maiorzita e algumas pequenas localizadas no Oceano Atlântico Norte. Tornou-se independente reconhecido da Dinamarca em 1 de Dezembro de 1908. Tem cerca de 320 mil habitantes (mais ou menos a população da minha-nossa Cidade do Porto... há 30 anos) para uma área de aproximadamente 103 mil quilómetros quadrados.
Segundo a autora, Portugal seria para a grande maioria dos Islandeses talvez uma palavra. Mas para a população da localidade de Hûsavik na costa norte significa Bacalhau e Economia.
Aqui entra o que eu referi o seu quê de  político. Per capita em Portugal consumimos 7 kg/ano de Bacalhau o que acho muito pouco ou há imensos portugueses que não comem bacalhau. E ainda temos os turistas e a exportação não sei se está incluída. Mas há muito português que infelizmente só deve comer bacalhau no Natal durante as refeições de solidariedade. À minha parte tenho a certeza de comer cerca de 10 a 12 Kg./ano.
De qualquer forma, comemos 30% do Bacalhau Pescado no Mundo. O que quer dizer que fazemos felizes e econòmicamente favorecidas milhares de pessoas perdidas lá no Norte do Mundo.
Independentemente da solidariedade dos nos governantes, brincadeirinha, o Povo Português é muito mais do que aquilo que nos pintam. E não só cá dentro...Mas claro que a história e os historiadores não nos contam tudo...
Preparem-se os amigos Brasileiros (e amigas, pois claro) porque a empresa que promoveu o encontro de jornalistas na Islândia, está a preparar um produto especificamente para o Brasil.
Leiam a reportagem na íntegra. Se quiserem saber mais, tenho um pps sobre a história (historiei o que li) do Bacalhau num pps ao vosso dispor.

E como é bom um bacalhau assado na brasa com pimentos ou pimentas ou assim-assim. E que S. Martinho seja pródigo no bom acompanhamento.