Pesquisar

terça-feira, 1 de setembro de 2015

225 - A Rua das Flores

Já muito divulguei a Rua das Flores neste meu espaço. Aos queridos visitantes interessados é só procurar no navegador do blogue Rua das Flores. A sua história está na postagem 19.
Passaram-se cinco anos e a rua, turisticamente falando, está irreconhecível. Não sei se se deve ao anterior Presidente da Câmara, Rui Rio, se se deve ao actual, Rui Moreira, que embora por pouco tempo no anterior "reinado" do Rio, andou a mexer no Porto Vivo.
Esta viagem que aconselho, foi feita na companhia do meu sobrinho, também Portuense de Gema, que por razões diversas não tem passeado pelo nosso Porto.

Desde a Praça Almeida Garrett onde a Rua acaba (zona da Estação Ferroviária de S. Bento) o comércio que era tradicional, principalmente de têxteis e ourivesarias, foi sendo substituído por bares e barzinhos onde os turistas comem saladas de atum, hamburgueres, bacalhau e outros pratos ligeiros no meio de uma confusão danada.

A ex-famosa Ourivesaria Aliança não fugiu às mudanças. O rés-do-chão está transformado num salão de chá, requintado, glamoroso, charmoso, aconchegante, luxuoso, etc. e tal. Utilizem, caros leitores os adjectivos que lhes derem mais jeito mas só depois de espreitaram a casa.  Os pisos superiores, segundo leio, são galerias com exposições de desenhadores de arte e butiques (deverá ler e escrever-se boutiques em português ?) de moda.
Por altura do Ano Novo, na companhia do meu querido amigo Peixoto, espreitamos e estivemos na eminência de entrar. Mas era hora de Tripas e não as haviam na ementa. Quem ficou a ganhar foi o Viseu na Rua da Madeira.

Passei nesta rua há menos de dois anos com o meu amigo Júlio, esposa e filho (Paulistas de gema) já não me lembro porque razão, mas o destino era a Ribeira. A rua ainda estava em obras e ele admirava-se da profundidade e do tamanho dos alicerces em pedra das casas, que estavam bem visíveis. Ela, a D. Paula, resolveu gastar uns troquinhos em produtos aurifícios made in Porto.
Ao correr do teclado informo que a casa por ela escolhida está incluída nos meus roteiros das Casas Comerciais do Porto.

Continuando a andança, nota-se que a rua ficou liberta de esplanadas, que não de bares e restaurantes. Mas muitos prédios continuam em ruínas, as suas fachadas impróprias nesta nova Rua IN da Cidade.

A aproximação ao Largo de S. Domingos foi também remodelado. E as obras dos edifícios que o compõem parecem terminados. Pelo menos exteriormente.

Estávamos em Junho 2010

No Largo pròpriamente dito, a Papelaria Araújo & Sobrinho é um novo Hotel. Com esplanada de apoio a um bar com um nome interessante que esqueci.

 Olhando para trás. Hoje
Não entendo porque sendo uma zona pedonal existem carros por aqui. Gente incivilizada.

Junho de 2010

A Santa Casa da Misericórdia tem anexo um Museu à Igreja aberto ao público. Como era segunda-feira estavam ambos fechados. Alguns turistas mostravam uma cara de enfado. Mas os Museus também têm de descansar e escolheram o dia de segunda-feira para o efeito.
Uma das coisas boas para a construção cívil é que a Santa Casa tem sempre os seus edifícios em obras.

Junho 2010
Não faço ideia como foi feita a promoção da Rua, mas que funciona não há dúvidas. Pena o comércio - afora o dos copos - estar parado ou quase.
Com uma ou outra excepção de um fotógrafo, as varandas em ferro tão tradiccionais na Cidade,  os azulejos das fachadas, as pedras e elementos nelas esculpidos, passam ao lado dos turistas.

 O novo Hotel nas antigas instalações da Papelaria.
Há 5 anos atrás
Nunca é demais mostrar esta antiquíssima foto que nos diz como eram as frontarias da antiga Papelaria. Nela se vêm a primitiva fonte, já há uns anos colocada nos Jardins do Palacete de Nova Sintra onde estão instalados os Serviços Municipais de Águas, 
bem como a imagem de Santa Catarina que estava guardada na Papelaria. Ai deles, os do Hotel, se a esconderam.

Depois do Largo de S. Domingos - podem ler a sua história no poste 20 - é só seguir para o Infante, a caminho da Ribeira. Neste caso pela Rua do Dr. Sousa Viterbo, que por ser pedonal tem candeeiros na rua.

É um passeio pedonal interessante desde S. Bento até ao Infante. Sem problemas de carros. Espero que o desfrutem numa próxima visita.