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sábado, 24 de outubro de 2015

229 - Dia de testes

Dou comigo a pensar o que hei-de fazer a umas fotos que estavam arquivadas  desde o Dia do Bando, isto é, ou melhor foi, a 14 passado.
Andava em testes com meu novo brinquedo Canon gentilmente ofertado - quem tem amigos nunca morre na cadeia e deixem-me lembrar deles e agradecer-lhes porque sempre ocorrem aos meus Helps - e fui recolhendo imagens por onde andei.
Íamo-nos encontrar (o tal Bando) com o amigo Fernando Súcio vindo dos belos Trás-os-Montes e um xixi é sempre recomendado antes de iniciar qualquer caminhada.
Para teste na escuridão nada como registar uma pedra no urinol no lugar Homens do terminal dos autocarros vindos daquela linda região. Uma grande galhofa com a rapaziada que expelia os líquidos depositados na bexiga e os exportava pela uretra, cada um para a sua pedra lá em baixo, perguntando-se para que serviria a dita cuja.

Um passeio de fazer horas na Praça de Francisco Sá Carneiro, antiga Velásquez.
Ora por casualidade, em resposta de hoje a uma querida amiga sobre o que era um Carocha, lembrei-me que foi aqui, antes da muita urbanização desta Praça e Ruas contíguas, que um amigo (lá está, amigos sempre) me meteu nas mãos um dito carocha ou para nós portugueses o Fusca, para preparar a futura carta de condução, que nunca tirei.
Coisas que me vieram do tempo de África e ficaram.
Para o caso não interessa nada.  
Como era dia de testes, captei esta curiosidade em zoom, não pelas gaivotas pois elas agora são gourmets e vivem a quilómetros do Rio Douro e do Mar Atlântico mas sim pelos tracinhos brancos que são a água da irrigação do jardim.
Recuando anos largos na memória, muito antes das aventuras com o VW, foi aqui que aprendi a andar de bicicleta, alugada na Rua do Lima. Já não me lembro quem era o dono, mas julgo não ter sido o grande Império dos Santos, que deixou descendência famosa no ciclismo, pois esse tinha a sua casa junto ao Cinema Vitória em Rio Tinto, bem próximo da Estrada da Circunvalação do Porto.
Nessa altura, era seguir pela novel e rica Avenida dos Combatentes, entrar nos Campos Amarelos e andar à vontade pois não havia trânsito automóvel.
Só por curiosidade, a Praça em meados dos anos 50 do século passado. Os Campos Amarelos presumo que assim se chamava ao arruamento  por estarem próximos da Quinta Amarela localizada uma parte, a meio da foto do lado esquerdo. Ao fundo o Estádio das Antas. Para os Portuenses uma outra nota: A Igreja de Santo António das Antas ainda não tinha torre sineira.
Voltando à Praça, o miserável site actual da Câmara Municipal do Porto não nos dá a Toponímia da Cidade. Lê-se algures que foi construída em 1948 com o nome de Velásquez, famoso pintor espanhol (Sevilha, 6-Junho-1599 / Madrid, 6-Agosto-1660) de nobre ascendência Portuguesa, sendo os avós paternos naturais da Cidade do Porto.
A Praça tomou o nome de Francisco de Sá Carneiro em 1981e ergueram-lhe uma memória. Foi um político natural do Porto que chegou a primeiro ministro, um dos fundadores da Ala Liberal no período Marcelista, desaparecido num acidente de avião em Dezembro de 1980.
Depois do 25 de Abril de 1974, foi também um dos fundadores do Partido Social Democrata, hoje qualquer coisa como partido e mais conhecido como antro de podridão.

Não se esqueçam, meus amigos e queridas amigas, visitantes e leitores e leitoras, que estava num dia de testes. Enquanto o referido Bando se dessedentava bem próximo, no Café Progresso, andava eu a olhar o que me rodeava. Resolvi perseguir estas jovens lindas, todas prá-frentex, a atravessar a Praça dos Leões.
Não me enganei. Que eram lindas e prá-frentex e ainda por cima espanholas e olé.

Sempre encanta olhar o edifício da Reitoria da Universidade e a Fonte dos Leões. As suas histórias foram já por mim contadas neste espaço que me dão, umas vezes aberto, outras nem por isso.

Distraído com os testes, quase levei em cima com o truca-truca do comboio branco.

A velha Palmeira da Praça não parece ter sinais de doença da peste que vem do Egipto. No conjunto, o Edifício da Reitoria, o Jardim das Oliveiras e a Torre dos Clérigos. Os queridos e queridas visitantes podem pesquisar no blogue as suas histórias.

O piso da calçada e da Praça é que não tem meio de ser arranjado. Pobres das senhoras que por aqui passam calçando sapatos de salto.

Cá estão as queridas espanholas e olé, pedindo uma foto caprichada.
Eu não disse que eram umas guapas prá-frentex ? Não sei o que beberam nem me interessa. Deixei-as com os raios do sol-poente e as canecas rústicas pousadas.

Retornando ao convívio dos amigos do Bando um registo da Rua de Sá Noronha e do Reitoria. Não há revista de Fugas e de Comes e Bebes e afins que não diga bem da Casa.
Encostado ao Progresso, continuando a Rua que já foi a história Moinho de Vento, notam-se os edifícios muito bonitinhos depois das obras.

As Gentes e a Cidade no Largo que não sei se é do Moinho de Vento ou é a Rua de Sá de Noronha, senhor violinista e compositor, nascido em Viana do Castelo em 1820 e falecido no Rio de Janeiro em 1881.

Saio dos testes com o poente na Avenida dos Aliados.