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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

261 - Parque Nacional Peneda-Gerês

Depois de deixarmos a Aldeia de Campos - ver postagem anterior - regressamos à estrada que serpenteia a meia encosta a Serra do Gerês, numa altitude talvez entre os 500 e 600 metros. A máxima fica na fronteira com a Galiza - Espanha - no Pico da Nevosa com 1545 metros. É a segunda mais alta montanha de Portugal Continental.
Estamos no Parque Nacional da Peneda-Gerês situado no extremo nordeste do Minho estendendo-se até Trás-os-Montes, desde as terras da Serra da Peneda até a Serra do Gerês, sendo recortado por dois grandes rios, o Rio Lima e Cávado.
É considerado pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera.

Com paisagens de retirar o fôlego, acompanhamos desde cá de cima alguns trechos do Rio Cávado que nasce na Fonte da Pipa na Serra do Larouco a uma altitude de cerca de 1520 metros.
O passado do Parque traduz-se nos castelos de Castro Laboreiro e do Lindoso, nos monumentos megalíticos e testemunhos da ocupação romana. A geira, o antigo caminho que conduzia os legionários de Bracara Augusta a Astorga, sobrevive num trecho da antiga calçada e nos curiosos marcos miliários. Curiosos povoados, a arquitectura dos socalcos, paradas de espigueiros, a frescura dos prados de lima, animam um quadro em que a ruralidade está presente. Lugares a descobrir e que são preciosidades.
Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Cávado apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 1180 hm3, em regime regularizado, valor que corresponde a quase 30% do total existente em Portugal.
Visível só em pequenos espaços entre a floresta, a Barragem de Salamonde situa-se no distrito de Braga, no concelho de Vieira do Minho. Entrou em funcionamento em 1953 e é alimentada pelo curso de água do rio Cávado.
O tempo de chuva e enevoado não permitiu tirar o melhor proveito de algumas imagens que o mereciam.
Um pouco de terreno, uma horta.
Aproximámo-nos da Barragem da Caniçada. 
Uma casa num local privilegiado

A Barragem da Caniçada está localizada nos concelhos de Terras de Bouro e de Vieira do Minho, na bacia hidrográfica do rio Cávado.
 A sua construção foi concluída em 1955.

Casa de Turismo e próximo um miradouro onde desfrutamos belas paisagens.
Aldeia de Ermida, situada no coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Parece-me ser uma pequena aldeia construída em pedra.
 Relativamente próximo, encontramos o Rio Arado.
A Cascata do Arado é uma das mais famosas quedas de água do parque, localizada a cerca de 900 metros de altitude. Impossível lá chegar neste dia.
Fontes e fios de água encontram-se por todo o lado.
 Vamos até às Caldas do Gerês.
Há mais de dois mil anos que os Romanos descobriram os benefícios da Água das Termas do Gerês!
Com referências históricas que remontam a essa época, só no início do séc. XVIII é construído o primeiro estabelecimento termal situado na vila do Gerês, freguesia de Vilar da Veiga, Concelho de Terras de Bouro.
O actual Estabelecimento Termal, recentemente remodelado e reequipado, encontra-se dotado das mais modernas técnicas termais. É o que se lê na página das Termas.
 Alguns pormenores do lugar vistos do centro.
Os casarios na outra encosta.
E vamos dar um saltinho até S. Bento da Porta Aberta.
São Bento da Porta Aberta é um santuário cristão português localizado na freguesia de Rio Caldo, em Terras de Bouro. O mosteiro tem como padroeiro São Bento de Núrsia.
O culto a São Bento deve a sua origem à influência dos monges de Santa Maria de Bouro.
Teve a sua origem em 1615, com a construção de uma pequena ermida. O actual santuário é do final do século XIX Iniciando-se a sua reconstrução em 1880 e concluída em 1895.
Segundo a tradição, essa ermida tinha um alpendre, como em quase todas as capelas do alto dos montes e as portas estavam sempre abertas, servindo de abrigo a quem por ali passava. Foi daí que veio a designação de São Bento da Porta Aberta, nome pelo qual é ainda hoje conhecida.
Recebe anualmente 2,5 milhões de peregrinos.
O santuário foi elevado a basílica pelo Papa Francisco a 21 de março de 2015 em comemoração dos seus 400 anos de existência.
De regresso a casa do Fernando Súcio, deparámo-nos com uma Luz Solar que nos extasiou e comoveu.
Sobre o Rio Cávado e pelas serranias uma luz fantástica.
Só assistindo porque é difícil descrever a luz e o nevoeiro que nos envolveu durante 2 ou 3 minutos.
Estas fotos não são minhas. Pedi-as emprestadas à amiga Elci. As minhas desapareceram após ter publicado um pps sobre esta viagem.
E é mais um roteiro que deixo aos meus queridos visitantes. Vale a pena percorrer este parque.