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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

262 - O Dia 8 de Dezembro


A Imaculada Conceição é, segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha (em latim, macula ) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.

A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de Dezembro, foi definida como uma festa universal em 28 de Fevereiro de 1476 pelo Papa Sisto IV e solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX na sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854.



A História de Portugal regista dois momentos altos na recuperação da sua independência: a Revolução 1383-1385 e a Restauração de 1640.

Na Revolução de 1383-1385 salienta-se o cerco de Lisboa que durou por volta de cinco meses e terminou em princípios de Setembro de 1384, acentuando-se durante o assédio, o significado da vitória alcançada por D. Nuno Alvares Pereira em Atoleiros a 6 de abril de 1384 e a eleição do Mestre de Aviz para Rei de Portugal, curiosamente a 6 de Abril de 1385. Em 15 de Agosto travou-se a Batalha de Aljubarrota, sob a chefia de D. Nuno Alvares Pereira, símbolo da vitória e da consolidação do processo revolucionário de 1383-1385.

No movimento da restauração destaca-se a coroação de D. João IV como Rei de Portugal, a 15 de Dezembro de 1640, no Terreiro do Paço em Lisboa.

Aclamação de João IV de Portugal, por Veloso Salgado, no Museu Militar de Lisboa.

A Solenidade da Imaculada Conceição liga estes dois (ou serão três ?) acontecimentos decisivos na História da independência de Portugal e no contexto das Nações Europeias. 

Segundo secular tradição foi o Condestável D. Nuno Alvares Pereira quem fundou a Igreja de Nossa Senhora do Castelo em Vila Viçosa e quem ofereceu a imagem da Virgem Padroeira, adquirida na Inglaterra. Este gesto do Contestável reconhece que a mística que levou Portugal à vitória veio da devoção de um povo a Nossa Senhora da Conceição.

Já aquando da conquista de Lisboa aos Mouros por D. Afonso Henriques, havia sido celebrado um pontifical de acção de graças, em Lisboa, em honra da Imaculada Conceição.

A espiritualidade que brotava da devoção a Nossa Senhora da Conceição foi novamente sublinhada no gesto que D. João IV assumiu ao coroar a Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha de Portugal nas cortes de 1646. A partir de então não mais os monarcas portuguesas da Dinastia de Bragança voltaram a colocar a coroa real na cabeça.
Interior do Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. A notável imagem, em pedra de ançã, encontra-se no altar-mor da igreja, estando tradicionalmente coberta por ricas vestimentas muitas delas oferecidas pelas Rainhas e demais damas da Casa Real.

Esta espiritualidade imaculista foi igualmente assumida por todos os intelectuais, que na prestigiada Universidade de Coimbra defenderam o dogma da Imaculada Conceição sob a forma de um juramento solene.

De tal modo a Imaculada Conceição caracteriza a espiritualidade dos portugueses, que durante séculos o dia 8 de Dezembro foi celebrado como "Dia da Mãe" e João Paulo II incluiu no seu inesquecível roteiro da Visita Pastoral de 1982 dois Santuários que unem o Norte e o Sul de Portugal:  Sameiro no Minho e Vila Viçosa no Alentejo.
Santuário do Sameiro, Braga
O dia 8 de Dezembro transcende o "Dia Santo" dos Católicos e engloba indubitavelmente a comemoração da Independência de Portugal, que o dia 1 de Dezembro retomou. É feriado religioso, mas é também celebrativo da cultura, da tradição e da espiritualidade da alma e da identidade do povo português.

Nossa Senhora da Conceição é a rainha e padroeira de Portugal e de todos os povos de língua portuguesa desde o primeiro reinado da Dinastia de Bragança, iniciada por D. João IV.
São várias as cidades brasileiras que declaram feriado no dia da Imaculada Conceição.

Mas o dia 8 de Dezembro tem muito significado para mim. Foi neste dia que nasci há 71 anos. Era o Dia da Mãe  como o foi ainda durante muitos anos. Para mim continua a sê-lo.
Não sei se foi uma homenagem à minha mãe pelo corpo médico da Maternidade Júlio Dinis, ou porque foi mesmo verdade, o certo é que sempre me disseram que nasci a faltar três minutos para a meia noite.  
Também me contaram que nasci a ferros, os quais me deixaram marcas na testa durante muito tempo. Já quase andava e as marcas não saravam. Até que uma senhora desconhecida deu a receita de uma mézinha transformado em remédio santo.
Leio numa página da internet que é verdade os bebés saírem bastante machucados, as laterais da cabeça chegavam a ficar com marcas profundas e levavam muito tempo para curar. Isto referente aos anos 60 e 70. Eu sou de meados de 40.
Diz um estudo chinês, não sei se é verdade, que os bebés que passam por um nascimento difícil num parto com fórceps, estão mais propensos a enfrentar problemas. E são agressivos. Talvez seja o meu caso.
Recordo pois com muito amor e carinho a minha Mãe. Não sei o que sofreu durante a gravidez e parto para eu estar aqui. Mas sei que sofreu muito durante a vida não só com as suas doenças mas também com a minha saída para África. O Salazar e companhia destruiu muitas vidas.
Saudades, Mãe, estejas onde estiveres.

Textos copiados em vários sites da internet. Assim como as fotos que o compõe, com excepção da do Santuário do Sameiro.